sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Pós-Modernidade de Comunicação de Massa

Obs: Trecho retirado do texto "Pós-Modernidade nos Meios de Comunicação de Massa Cinema e Quadrinho", do professor Nataniel dos Santos Gomes (UFRJ/SUAM/CiFEFiL).

No cinema encontramos exemplos muito interessantes. Citaremos apenas alguns, afinal nosso espaço é muito restrito.
Os filmes do Quentin Tarantino já verdadeiras marcas pós-modernas. Pulp Fiction é narrado em fragmentos, num eterno vai e vem. Um drink no inferno conta a história de dois bandidos que seqüestram um pastor em crise e sua família e vão parar num bar habitado por vampiros. Na primeira parte do filme, nós torcemos para os bandidos acabarem presos, na segunda, estamos vibrando por eles, para que eles matem vampiros. Metade do filme é policial, a outra é terror. Uma hora eles são bandidos, noutra hora são heróis. A que gênero estamos assistindo?
Clube da Luta brinca com as clínicas de lipoaspiração: os sabonetes são feitos com gordura humana. Parece uma referência aos atos dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Oito milímetros mostra um submundo perverso dos filmes pornô, inclusive com mortes filmadas para o prazer dos expectadores. A vida não vale mais nada, tirar a vida de outro pode trazer um prazer quase sexual.
Asas do desejo fala de um anjo que se apaixona por uma trapezista e decide deixar sua posição de mensageiro dos céus. Na dimensão celestial tudo é preto-e-branco, na esfera humana tudo é visto a cores. A esfera espiritual não tem muita graça se não for do meu jeito.
Blade Runner reconta a velha história da rebelião da criatura (os replicantes) contra o criador na busca de mais “vida”. O mais curioso é que o caçador de andróides também é um andróide, mas não sabe. Afinal quem sou?
Tanto Matrix quanto O Show de Truman falam de mundos aparentes. Os personagens não sabem que vivem mundos que não existem, são mentiras construídas por máquinas para obter energia ou para alcançar audiência. Será que estou vivendo no mundo real ou tudo não passa de fantasia ou engano?

Peter Greenaway e o Cinema "morto"


Olá,
quero compartilhar aqui um vídeo gravado por mim na apresentação feita pelo Peter Greenaway em São Paulo. Foi na abertura do festival Sesc Vídeo Brasil realizada dia 30 de setembro de 2007.

Eu gravei este vídeo com meu celular no inicio da abertura do evento, na hora não prestei muita atenção mais chegando em casa eu re-assisti o vídeo e fiquei um tanto quanto apreensivo em relação a frese dita por Greenaway, ele diz : Eu acredito que o cinema está morto!!! E depois deste dia eu ouvi e vi outras pessoas comentarem que ele mais de uma vez fez essa afirmação.

Bom, apesar de respeitar o magnífico trabalho realizado por ele e considera-lo um grande artista e cineasta, eu acredito que conhecendo o cinema como conheço hoje ele está muito longe de estar morto, pelo contrário, vejo um cinema cada vez mais se reinventando e criando formar de trazer inovação para as telas de cinema. Eu sei que existem milhares de filmes comerciais que são lançados todos os anos que são literalmente LIXO, porém existem vários outros filmes que normalmente não são exibidos nos circuitos comerciais mais que comprovam que o cinema esta muito vivo, vide os próprios filmes do Greenaway. Os filmes e os realizadores que realmente inovam no cinema são poucos mais por eles já se pode falar que existe cinema “vivo” por ai. O problema é que Peter Greenaway acredita que os autores devem buscar a inovação e a subversão do formato o tempo todo, só que não se pode fazer isso do dia para a noite.

Portanto acho que é muita pretensão ou muito loucura sair ai dizendo que o cinema esta morto, talvez seja uma forma que ele encontrou de causar polemica ou de criticar o cinema que ele diz ser chato e não inovador, mais para mim essa afirmação não passa de uma enorme idiotice.

Bom, se alguém concorda ou discorda da minha opinião sinta-se a vontade para discorrer sobre o assunto.

Até mais.